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Como estudar na Europa depois de conseguir a cidadania portuguesa?

9 mar, 2023 | Serviços

Um dos principais benefícios que um brasileiro tem após conseguir a nacionalidade portuguesa é o de poder estudar em qualquer universidade da União Europeia. Não há necessidade de dar entrada para nenhum um visto para estudar em outro país da UE. Outra facilidade é que os cursos para cidadão comunitários são em geral mais baratos e com melhores condições de financiamento – o que torna possível o acesso a cursos mais exclusivos e de alta qualidade em diversos países.

Antes de começar a investigar sobre as universidades, é bom já ter em mãos os documentos relativos à cidadania como o cartão do cidadão e o passaporte. Durante o processo de inscrição, a universidade pode pedir que a identificação do candidato seja feita com um documento de nacionalidade europeia.

Quais são os melhores países para estudar na Europa?

Placas com países da Europa

Ao todo, 27 países fazem parte da União Europeia e compartilham dos mesmos direitos de liberdade de circulação, permitindo assim que qualquer cidadão possa residir, estudar e trabalhar em outro país que seja membro do grupo.

O intercâmbio de estudantes é algo muito incentivado pelo bloco da UE, com diversos programas que permitem que o aluno estude um período do curso em outro país. O programa mais conhecido e com mais alunos contemplados é o Erasmus, tendo alcançado a marca de 71.000 instituições participantes, reunindo 649.000 alunos em 19.000 projetos diferentes. Por isso, independente do país que você escolher, você pode cursar parte da formação em outra cidade da UE.

Mais quais são os melhores países pra estudar na Europa? Bem, depende do que você gostaria de priorizar. Pra ajudar na decisão, separamos aqui uma lista de principais pontos a levar em consideração na hora de aplicar para um curso no exterior.

Qualidade das faculdades na Europa

O ranking de melhores universidades antes era liderado pela Inglaterra. Mas com o Brexit e a saída do país da UE, outras universidades foram ganhando mais destaque e relevância. A Alemanha é sem dúvida um dos principais destinos pra quem quer obter uma formação de alta qualidade e prestígio. Independente do curso, existem várias oções de estudo em inglês em diversas áreas. Mas sem dúvida, a Alemanha atrai estudantes das áreas de engenharia, indústria em geral, meio ambiente e economia.

Já a França é um excelente destino pra quem quer estudar arte, filosofia, estudos sociais e interraciais e outros temas culturais. O país ocupa a quarta posição na lista de países com mais estudantes estrangeiros no mundo e é o primeiro entre os países de idioma diferente do inglês.

Com a criação de tantos projetos europeus de ensino e estudo, qualquer país tem qualidade e reconhecimento relevantes, seguindo regras e avaliações que são aceitas pelos outros países da UE. Portanto, é possível fazer uma graduação em um país e um mestrado em outro, por exemplo, sem muitas dificuldades burocráticas.

Bolsas e custo de vida

Existem diversos tipos de bolsas de estudos para cidadãos europeus e cada uma delas tem um perfil de público. Muitas das bolsas contemplam alunos com menos de 30 anos; outras já são relacionadas a mestrados e doutorados ou a alguma determinada área de estudo. São tantas ofertas que o até o site oficial da Comissão Europeia de estudos oferece um serviço de busca por bolsas.

Os cursos de graduação, mestrado e doutorado são, em geral, mais baratos do que cursos em universidades privadas brasileiras. Por exemplo, um curso de administração de empresas pode custar em torno de 1500€ anuais, em uma universidade conceituada da Espanha. Este valor, no entanto, pode ser 5x mais caro para alunos que não possuam a cidadania europeia. Por isso, é necessário ter primeiramente o seu documento europeu em dia e a sua nacionalidade confirmada.

O custo de vida em cada país pode ser um fator determinante para decidir onde morar. Portugal, por exemplo, tem custo de vida mais baixo que a média europeia. Já a França tem alto custo de vida, e mesmo com salários mais altos, o estilo de vida pode ser mais caro. A Alemanha têm muitas oportunidades de trabalho, mas em muitos casos é necessário saber alemão.

Uma boa forma para comprar os países é visitar sites de aluguel de apartamentos e sites oficiais do governo com referêncuas de salários e também checar tarifas de transporte.

Clima, idioma e cultura

Você se imagina morando no interior da Europa, em uma cidadezinha de interior, ou prefere morar em uma cidade grande? Prefere viver em um clima mais quente ou mais frio? Qual idioma você quer falar no dia a dia? Pensar sobre estas perguntas pode facilitar a sua decisão sobre em qual cidade morar.

Portugal e Espanha são os países com o frio menos intenso da Europa. Já Alemanha, Polônia, Noruega e República Tcheca têm invernos mais rigorosos. Itália, França, Grécia e Malta estão no meio do caminho e, por isso, podem oferecer um pouco de tudo quando o tema é clima.

O clima e a geografia influenciam muito também no estilo de vida de cada país. Por exemplo, em países não tão frios é mais comum ver cafés com mesas e cadeiras nas calçadas; em cidades planas é comum se locomover de bicicleta enquanto que, em outras, o transporte principal é o bonde ou o metrô.

Ainda que o curso que você faça seja em inglês, o idioma e a cultura do país onde reside são pontos fortes no processo de adaptação. Países latinos têm fama de serem mais receptivos a estrangeiros e podem se assemelhar mais à cultura brasileira. Se você busca um destino mais diferente, países nórdicos ou do leste europeu podem proporcionar experiências mais distintas.

Outros temas como comida e moradia variam muito de um país para outro, mas como o intercâmbio de alunos dentro da UE é grande, é possível alugar um quarto para estudantes em aplicativos específicos. Já a alimentação, existem diversas redes de supermecado que estão presentes por toda a UE, não variando muito de um país para outro. Portanto, definir qual país é o ideal vai depender muito das preferências individuais.

Como aplicar para uma faculdade na Europa

Formulário de admissão para universidade europeia

Aplicar para estudos na Europa é um processo mais complicado que o que temos no Brasil, mas é mais fácil do que parece. A maior parte da burocracia é feita de forma online através dos sites das universidades e, tanto o processo de inscrição como o processo de admissão costumam ser feitos através de um mesmo acesso ao perfil do usuário. 

Com a cidadania portuguesa em mãos, o estudante pode se inscrever para estudar em qualquer um dos países da União Europeia – e também nos países que não estão na UE mas que fazem parte do EEA (European Economic Area).

Documentos necessários e processo de admissão

Para iniciar a inscrição nos cursos europeus, alguns documentos serão necessários independente do país e do nível de estudos que você deseja obter. Algumas universidades aceitam documentos que estejam em qualquer idioma europeu, o que facilita a vida dos brasileiros. No entanto, vale conferir o que cada instituição aceita antes de enviar os documentos.

  • Cópia do seu passaporte ou documento de identidade europeu;
  • Tradução juramentada do diploma do ensino médio ou qualificações educacionais anteriores;
  • Tradução do seu histórico acadêmico;
  • Teste acadêmico de nível de idioma (por ex: nível C1-C2 de inglês no AELTS);
  • Resultados de testes padronizados (por ex: pontuações SAT ou ACT);
  • Exames de admissão específicos para certas disciplinas;
  • Carta de afirmação pessoal ou carta de motivação;
  • Cartas de recomendação.

Comece tirando a sua cidadania portuguesa

Passaporte brasileiro e passaporte português

O primeiro passo é obter a cidadania portuguesa. Se você ainda não deu entrada no processo da sua cidadania portuguesa, nós podemos te ajudar. Existem diferentes formas de conseguir a nacionalidade e o processo que melhor se aplica a você vai depender de uma pesquisa da sua árvore genealógica ou da sua situação familiar atual, como através do casamento com cidadão português. E mesmo que não haja documentos suficientes, nós podemos ajudar você nesta jornada.

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