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Famílias brasileiras descendentes de Sefarditas.

14 jun, 2021 | Destaque

Em 2015, milhares de brasileiros tiveram uma positiva novidade. Especificamente no dia 2 de maio, foi aprovado o Decreto-Lei °30-a/2015, que possibilitou a oportunidade de pedido de cidadania portuguesa para descendentes de Sefarditas. No entanto, quem foram os Judeus Sefarditas e qual a influência nas famílias brasileiras?

Neste conteúdo vamos ver algumas informações sobre as principais famílias brasileiras descendentes de Sefarditas. No entanto, antes vamos ver um pouco sobre quem foram essas pessoas e como elas chegaram no Brasil Colonial.

Quem foram os Sefarditas?


Localizados em Sefarad (Espanha em Hebraico), na Península Ibérica, os Judeus desta região tiveram seu sobrenome diretamente ligados ao nome local. Existem registros de que estes originários portugueses viveram por séculos na região cultuando suas tradições e costumes judaicos.
Entretanto, essas tradições foram fortemente ameaçadas ao final do século XV com a intolerância religiosa imposta pelos reis espanhóis, D. Isabel e D. Fernando, que visava forçar os judeus a se converterem ao Catolicismo. Existem relatos de que dezenas de milhares de Judeus Sefarditas fugiram do país em busca de refúgio em outros territórios, principalmente Portugal.
Perseguidos em Portugal: Reinado por D. João II, esses refugiados foram aceitos e puderam viver normalmente até o falecimento do rei e sucedido por D. Manuel I.
Em 1445, além de se casar com a filha dos reis Espanhóis D. Isabel e D. Fernando, que foram os grandes responsáveis pela onda de refugiados Sefarditas, D. Manuel I já sofria uma série de investidas mal intencionadas por parte dos parlamentares portugueses que visavam decretar obrigatória a conversão ao Catolicismo aos Judeus Sefarditas e assim foi feito também em Portugal.
Sob risco de morte, além da apreensão recorrente de seus bens e pertences pessoais, os Sefarditas foram obrigados a novamente procurar outros territórios para se refugiar e muitos deles escolheram o Brasil.


Famílias Sefarditas no Brasil

Agora que já entendemos o porquê dos sefarditas virem para o Brasil, vamos entender as influências que eles possuem nas famílias brasileiras atuais.
Pernambuco e Ceará – O nordeste do país é retratado como a região com maior número de refugiados sefarditas. A região é marcada por alto índice de descendentes refugiados que deixaram uma vasta influência na política e nos sobrenomes atuais, como a Família Castro e Silva, como o Sefardita Joseph de Castro e Silva, além da Família Aguiar, com nomes como: Branca Dias, Abraham Senior e Junca Montesinho.
Minas Gerais – Assim como a região do nordeste do país, Minas Gerais também é um estado brasileiro com forte presença destes fugitivos. Em busca de um lugar seguro para se refugiar e exercer atividade econômica, o desenvolvimento constante do estado foi a opção de alguns sefarditas. Duas famílias que se destacam, a descende de Tomé Rodrigues Nogueira do Ó e a segunda descendente de Dona Joaquina de Pompéu.
Piauí – Também localizado no nordeste brasileiro, o estado do Piauí também tem grande influência sobre o cenário das famílias brasileiras com a chegada da Família Castelo Branco, com o sefardita Duarte Brandão.
Rio Grande do Norte – Caracterizada pela Família Fernandes, o estado recebeu seus primeiros Sefarditas no século XVIII com a chegada de Antônio José Fernandes, que teve como neto Major Cosme Damião Fernandes que deixou 8 (oito) filhos em casamento com Izabel Maria de Araújo.
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Sobrenomes comuns de descendentes sefarditas

Vamos ver uma lista de sobrenomes (não exaurida) com fortes indícios de descendência sefardita:

  • Andrade
  • Costa
  • Fonseca
  • Gomes
  • Nunes
  • Pereira
  • Teixeira
  • Almeida
  • Gonçalves
  • Lopes
  • Duarte
  • Ferreira
  • Barros
  • Martins
  • Souza
  • Pinto
  • Dias

Qual o custo para mercado em Portugal?

Assim como no Brasil, Portugal também possuí uma forte concorrência quando o assunto é supermercado, no entanto, isso acaba resultando em algumas promoções que são positivas para os cidadãos portugueses. Hoje, a média de gasto para um casal conservador nos custos e com 1 filho está na casa dos 250 €.
Algo que vale a pena destacar é a qualidade dos produtos que é possível levar por preços bem acessíveis se compara com a realidade brasileira. Os destaques ficam para os diferentes tipos de queijos, vinhos, até mesmo opções de frutos-do-mar com valores inimagináveis no Brasil.

E aí, você já sabia alguns deles? Com certeza você deve conhecer alguém com um desses sobrenomes aqui no Brasil, compartilha esse conteúdo para ele ficar por dentro também.

Atenção

Vale ressaltar que embora seja um indício, ter somente o sobrenome não te dá direito a cidadania portuguesa por esta via. É preciso realizar uma pesquisa genealógica para encontrar seu descendente sefardita e após isso levantar a documentação pertinente para dar sequência no seu processo. Não sabe como? Entre em contato com a gente que nosso time de genealogistas irão te auxiliar em todo o seu processo!

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